Copom eleva Selic para 14,25% em contexto de inflação persistente
- Brenda Machado
- 1 de nov.
- 2 min de leitura
Banco Central mantém trajetória de aperto monetário e sinaliza possível desaceleração do ritmo de aumentos
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a taxa Selic em 1 ponto percentual, chegando a 14,25% ao ano. A decisão, tomada em março de 2025, reflete a preocupação contínua com a inflação, que acumulou 4,87% nos últimos 12 meses e registrou 1,48% apenas em fevereiro.
A inflação persistente permanece como o principal fator por trás da decisão. O Banco Central projeta que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechará 2025 em 5,1%, acima da meta de 3% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional. Além das pressões inflacionárias domésticas, o Copom citou incertezas no cenário global e preocupações com a política fiscal como elementos que justificam o aperto monetário continuado.
Esta foi a quinta elevação consecutiva da Selic. Contudo, o Copom sinalizou uma possível desaceleração no ritmo de aumentos futuros, sugerindo que o ciclo de aperto pode estar chegando a um patamar mais moderado. A economia brasileira, por sua vez, segue com projeções de crescimento de 2,1% para 2025, segundo estimativas do próprio Banco Central.
Para o Nordeste e Sergipe, a elevação dos juros impacta diretamente o custo de crédito para pequenas e médias empresas, além de pressionar investimentos em infraestrutura e energia. A região, que depende significativamente de financiamentos para projetos de desenvolvimento, enfrenta um ambiente de capital mais caro e restrito. Simultaneamente, a inflação afeta o poder de compra das famílias nordestinas, historicamente mais sensíveis a variações de preços de alimentos e energia.
A trajetória de aperto monetário reflete o desafio do Banco Central em equilibrar o controle inflacionário com a sustentabilidade do crescimento econômico. Enquanto a inflação permanece acima da meta, a economia desacelera, criando um cenário complexo para formuladores de política.
Fonte: Agência Brasil
Comentários