Financiamento climático é principal desafio da COP30

A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, COP30, marcada para novembro de 2025 em Belém, Pará, terá como grande desafio a mobilização de financiamento climático. Segundo secretário municipal de Belo Horizonte, um dos principais pontos de tensão nas negociações é assegurar recursos suficientes para apoiar países em desenvolvimento na adaptação e mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.

O evento, que congrega líderes mundiais, cientistas e representantes da sociedade civil, visa avançar compromissos firmados no Acordo de Paris, com destaque para a necessidade urgente de elevar o financiamento ambiental dos atuais US$ 300 bilhões anuais para pelo menos US$ 1,3 trilhão até 2035. Esse montante é crucial para políticas de conservação, transição energética e justiça climática, especialmente nos países em desenvolvimento mais vulneráveis.

No contexto regional, a escolha de Belém para sediar a COP30 reforça a importância da Amazônia brasileira como epicentro das negociações climáticas. O Brasil busca com a conferência destacar a preservação da floresta amazônica e o papel dos biomas tropicais na regulação climática global. Além disso, será lançado o Tropical Forest Forever Facility, um fundo de investimento de US$ 125 bilhões destinado a financiar a conservação florestal e incentivar a sustentabilidade em áreas tropicais a partir de 2026 — uma iniciativa estratégica para enfrentar o desmatamento e promover economia verde local.

Para a região amazônica e o Brasil, a COP30 representa uma oportunidade de alinhar compromissos internacionais com políticas públicas regionais que conciliem desenvolvimento sustentável e proteção ambiental. A infraestrutura da cidade de Belém foi preparada com técnicas sustentáveis, evidenciando o esforço local em oferecer um ambiente propício para discussões e demonstrações práticas de adaptação urbana e preservação ambiental.

Em suma, a COP30 será um momento decisivo para que os países alinharem recursos financeiros à ambição climática global, garantir a justiça na transição para economias neutras em carbono e proteger ecossistemas críticos como a Amazônia. O sucesso dessas negociações impactará diretamente as estratégias regionais de desenvolvimento sustentável e poderá determinar a efetividade dos compromissos assumidos no combate às mudanças climáticas nos próximos anos.

Fonte: CNN Brasil